A Volkswagen Amarok 2.0 é sinônimo de força, desempenho e robustez. Com seu motor de alta performance, ela conquistou o público que exige potência sem abrir mão da confiabilidade. No entanto, o mesmo conjunto que garante performance acima da média também exige cuidados mecânicos detalhados. A negligência de alguns aspectos da manutenção preventiva pode resultar em falhas críticas, e prejuízos consideráveis. Neste artigo, você vai conhecer as cinco falhas mais comuns que acometem o motor da Amarok 2.0 e aprender como evitá-las com ações simples, porém eficazes.
- Falha nas Turbinas
O sistema de turbinas é sensível à lubrificação e carbonização. Sinais de perda de potência ou fumaça são alertas. A troca de óleo fora da especificação acelera o desgaste dos rotores.
Causas mais comuns da falha
- Troca de óleo fora do prazo indicado.
- Utilização de óleo com especificação incorreta (não homologado).
- Formação de borra e carbonização do óleo.
- Má lubrificação durante partidas a frio.
Sintomas que indicam problema
- Perda de potência nas acelerações.
- Fumaça azulada no escapamento, especialmente ao acelerar forte.
- Ruído agudo (assovio) constante.
- Luz EPC acesa ou códigos de falha no scanner (ex: P0299).
Consequências da falha
- Desgaste prematuro do rotor das turbinas.
- Danos irreversíveis na carcaça e nos rolamentos.
- Necessidade de substituição completa das turbinas.
Como prevenir
- Utilizar apenas óleo homologado VW 507.00.
- Trocar o óleo a cada 10.000 km ou 6 meses, o que ocorrer primeiro.
- Evitar acelerações fortes com o motor ainda frio.
- Inspecionar o sistema de ar e de respiro do cárter regularmente.
- Problemas nos Bicos Injetores e Bomba de Alta
O motor 2.0 utiliza o sistema de injeção common-rail, que opera com pressões superiores a 1.800 bar. A bomba de alta compressão envia o diesel pressurizado para o trilho, que distribui para os bicos injetores piezoelétricos Siemens. O correto funcionamento desse sistema depende da qualidade do combustível.
Causas mais comuns de falha
- Diesel contaminado (água, sujeira ou óleo vegetal).
- Uso de combustível adulterado.
- Filtros saturados ou vencidos.
- Ausência de aditivo estabilizador em regiões úmidas.
Sinais de alerta
- Motor engasgando, especialmente em baixas rotações.
- Partidas demoradas ou falhas na partida a quente.
- Ruído metálico vindo da bomba.
- Luz de injeção acesa e falhas registradas no scanner (ex: P0087, P0263).
Danos causados
- Travamento dos bicos injetores.
- Desgaste e gripagem da bomba de alta.
- Contaminação de todo o sistema de injeção.
Prevenção eficaz
- Abastecer somente com diesel S10 de procedência confiável.
- Adicionar estabilizador de diesel de boa qualidade a cada tanque.
- Trocar o filtro de combustível a cada 15.000 km.
- Realizar limpeza preventiva do sistema a cada 60.000 km.
- Entupimento do Coletor de Admissão (EGR/DPF)
O sistema de recirculação de gases (EGR) redireciona parte dos gases de escape de volta à admissão, reduzindo as emissões de NOx. Já o filtro de partículas diesel (DPF) retém a fuligem gerada na combustão. Ambos funcionam muito bem, desde que o veículo opere em temperaturas adequadas para regeneração.
Causas do entupimento
- Uso frequente em trajetos urbanos curtos.
- Baixas rotações por longos períodos.
- Falta de regeneração ativa e passiva do DPF.
- Óleo ou vapores contaminando a admissão.
Sintomas perceptíveis
- Perda de potência em acelerações médias e altas.
- Aumento significativo do consumo de combustível.
- Aviso de entupimento do filtro no painel.
- Motor em modo de emergência (limp mode).
Problemas gerados
- Obstrução total do coletor de admissão.
- Queima do DPF e substituição obrigatória.
- Trincas no cabeçote e superaquecimento.
Como evitar
- Realizar descarbonização química do sistema a cada 30.000 km.
- Dirigir periodicamente em rodovias por pelo menos 20 minutos a 2.500 rpm.
- Usar aditivos específicos para limpeza de DPF e EGR.
- Manter o óleo e o sistema de respiro do motor em dia.
- Superaquecimento por Falhas no Sistema de Arrefecimento
O sistema de arrefecimento mantém o motor dentro da faixa ideal de temperatura. Ele é composto por reservatório, bomba d’água, radiador, válvula termostática e sensores. Qualquer falha pode gerar aumento de temperatura e danos catastróficos.
Principais causas
- Utilização de água comum (torneira) no sistema.
- Reservatórios com microtrincas e sensores inoperantes.
- Vazamentos por bomba d’água com rotor desgastado.
- Ignorar a troca do fluido de arrefecimento.
Sintomas comuns
- Ponteiro de temperatura flutuando.
- Odor adocicado (glicol) vindo do motor.
- Vazamentos visíveis ou borra no reservatório.
- Ativação constante da ventoinha.
Danos provocados
- Trinca no bloco ou cabeçote.
- Queima da junta do cabeçote.
- Contaminação do óleo por fluido refrigerante.
Medidas preventivas
- Usar apenas fluido G13 na proporção correta (50%).
- Verificar mangueiras e conexões a cada revisão.
- Substituir a bomba d’água junto com a correia dentada.
- Realizar teste de pressão no sistema a cada 20.000 km.
- Correia Dentada
A correia dentada sincroniza o movimento dos pistões com as válvulas. Seu rompimento pode causar colisão entre componentes internos, resultando em danos gravíssimos ao motor.
Fatores que levam ao desgaste
- Ignorar a quilometragem recomendada para troca.
- Exposição à contaminação por óleo ou água.
- Uso de peças paralelas ou de baixa qualidade.
Sintomas clássicos
- Ruídos metálicos ao ligar o motor.
- Motor funcionando de forma irregular.
- Falha de sincronismo perceptível.
Riscos de ignorar
- Quebra instantânea do motor.
- Substituição completa de válvulas, pistões e comando.
- Retífica ou troca total do conjunto motriz.
Como se prevenir
- Trocar correia dentada, tensores e bomba d’água a cada 90.000 km ou 5 anos.
- Utilizar kits originais ou de fornecedores homologados.
- Inspecionar a cada 30.000 km em oficinas especializadas.
Recomendações Práticas de Manutenção Preventiva
Componente | Intervalo recomendado | Observação |
Óleo e filtro do motor | 10.000 km / 6 meses | Usar óleo VW 507.00 homologado |
Filtro de combustível | 15.000 km | Diesel S10 + aditivo estabilizador |
Correia dentada + bomba d’água | 90.000 km ou 5 anos | Sempre substituir em conjunto |
Descarbonização EGR/DPF | 30.000 km | Fundamental em uso urbano |
Fluido de arrefecimento | 2 anos | Usar G13 com índice de proteção adequado |
Teste de pressão do sistema | 20.000 km | Verificar vazamentos ocultos |
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Conclusão
A Amarok 2.0 oferece uma experiência de direção superior, mas essa excelência vem acompanhada da responsabilidade de uma manutenção cuidadosa. As falhas descritas aqui não são inevitáveis — pelo contrário: são totalmente preveníveis com conhecimento técnico e boas práticas de manutenção.
Evitar que uma turbina falhe, que um bico injetor trave ou que a correia dentada quebre depende mais de planejamento do que de sorte. Ao seguir as recomendações deste artigo e contar com uma oficina especializada como a Auto Giro, você protege seu investimento e garante que sua Amarok continue sendo sinônimo de força, segurança e durabilidade.
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