Top 5 Falhas no Motor da Amarok 2.0 (e Como Evitá-las Antes que Virem Prejuízo)

índice

A Volkswagen Amarok 2.0 é sinônimo de força, desempenho e robustez. Com seu motor de alta performance, ela conquistou o público que exige potência sem abrir mão da confiabilidade. No entanto, o mesmo conjunto que garante performance acima da média também exige cuidados mecânicos detalhados. A negligência de alguns aspectos da manutenção preventiva pode resultar em falhas críticas, e prejuízos consideráveis. Neste artigo, você vai conhecer as cinco falhas mais comuns que acometem o motor da Amarok 2.0 e aprender como evitá-las com ações simples, porém eficazes.

 

  1. Falha nas Turbinas

O sistema de turbinas é sensível à lubrificação e carbonização. Sinais de perda de potência ou fumaça são alertas. A troca de óleo fora da especificação acelera o desgaste dos rotores.

Causas mais comuns da falha

  • Troca de óleo fora do prazo indicado.
  • Utilização de óleo com especificação incorreta (não homologado).
  • Formação de borra e carbonização do óleo.
  • Má lubrificação durante partidas a frio.

Sintomas que indicam problema

  • Perda de potência nas acelerações.
  • Fumaça azulada no escapamento, especialmente ao acelerar forte.
  • Ruído agudo (assovio) constante.
  • Luz EPC acesa ou códigos de falha no scanner (ex: P0299).

Consequências da falha

  • Desgaste prematuro do rotor das turbinas.
  • Danos irreversíveis na carcaça e nos rolamentos.
  • Necessidade de substituição completa das turbinas.

Como prevenir

  • Utilizar apenas óleo homologado VW 507.00.
  • Trocar o óleo a cada 10.000 km ou 6 meses, o que ocorrer primeiro.
  • Evitar acelerações fortes com o motor ainda frio.
  • Inspecionar o sistema de ar e de respiro do cárter regularmente.

 

  1. Problemas nos Bicos Injetores e Bomba de Alta

O motor 2.0 utiliza o sistema de injeção common-rail, que opera com pressões superiores a 1.800 bar. A bomba de alta compressão envia o diesel pressurizado para o trilho, que distribui para os bicos injetores piezoelétricos Siemens. O correto funcionamento desse sistema depende da qualidade do combustível.

Causas mais comuns de falha

  • Diesel contaminado (água, sujeira ou óleo vegetal).
  • Uso de combustível adulterado.
  • Filtros saturados ou vencidos.
  • Ausência de aditivo estabilizador em regiões úmidas.

Sinais de alerta

  • Motor engasgando, especialmente em baixas rotações.
  • Partidas demoradas ou falhas na partida a quente.
  • Ruído metálico vindo da bomba.
  • Luz de injeção acesa e falhas registradas no scanner (ex: P0087, P0263).

Danos causados

  • Travamento dos bicos injetores.
  • Desgaste e gripagem da bomba de alta.
  • Contaminação de todo o sistema de injeção.

Prevenção eficaz

  • Abastecer somente com diesel S10 de procedência confiável.
  • Adicionar estabilizador de diesel de boa qualidade a cada tanque.
  • Trocar o filtro de combustível a cada 15.000 km.
  • Realizar limpeza preventiva do sistema a cada 60.000 km.

 

  1. Entupimento do Coletor de Admissão (EGR/DPF)

O sistema de recirculação de gases (EGR) redireciona parte dos gases de escape de volta à admissão, reduzindo as emissões de NOx. Já o filtro de partículas diesel (DPF) retém a fuligem gerada na combustão. Ambos funcionam muito bem, desde que o veículo opere em temperaturas adequadas para regeneração.

Causas do entupimento

  • Uso frequente em trajetos urbanos curtos.
  • Baixas rotações por longos períodos.
  • Falta de regeneração ativa e passiva do DPF.
  • Óleo ou vapores contaminando a admissão.

Sintomas perceptíveis

  • Perda de potência em acelerações médias e altas.
  • Aumento significativo do consumo de combustível.
  • Aviso de entupimento do filtro no painel.
  • Motor em modo de emergência (limp mode).

Problemas gerados

  • Obstrução total do coletor de admissão.
  • Queima do DPF e substituição obrigatória.
  • Trincas no cabeçote e superaquecimento.

Como evitar

  • Realizar descarbonização química do sistema a cada 30.000 km.
  • Dirigir periodicamente em rodovias por pelo menos 20 minutos a 2.500 rpm.
  • Usar aditivos específicos para limpeza de DPF e EGR.
  • Manter o óleo e o sistema de respiro do motor em dia.

 

  1. Superaquecimento por Falhas no Sistema de Arrefecimento

O sistema de arrefecimento mantém o motor dentro da faixa ideal de temperatura. Ele é composto por reservatório, bomba d’água, radiador, válvula termostática e sensores. Qualquer falha pode gerar aumento de temperatura e danos catastróficos.

Principais causas

  • Utilização de água comum (torneira) no sistema.
  • Reservatórios com microtrincas e sensores inoperantes.
  • Vazamentos por bomba d’água com rotor desgastado.
  • Ignorar a troca do fluido de arrefecimento.

Sintomas comuns

  • Ponteiro de temperatura flutuando.
  • Odor adocicado (glicol) vindo do motor.
  • Vazamentos visíveis ou borra no reservatório.
  • Ativação constante da ventoinha.

Danos provocados

  • Trinca no bloco ou cabeçote.
  • Queima da junta do cabeçote.
  • Contaminação do óleo por fluido refrigerante.

Medidas preventivas

  • Usar apenas fluido G13 na proporção correta (50%).
  • Verificar mangueiras e conexões a cada revisão.
  • Substituir a bomba d’água junto com a correia dentada.
  • Realizar teste de pressão no sistema a cada 20.000 km.

 

  1. Correia Dentada

A correia dentada sincroniza o movimento dos pistões com as válvulas. Seu rompimento pode causar colisão entre componentes internos, resultando em danos gravíssimos ao motor.

Fatores que levam ao desgaste

  • Ignorar a quilometragem recomendada para troca.
  • Exposição à contaminação por óleo ou água.
  • Uso de peças paralelas ou de baixa qualidade.

Sintomas clássicos

  • Ruídos metálicos ao ligar o motor.
  • Motor funcionando de forma irregular.
  • Falha de sincronismo perceptível.

Riscos de ignorar

  • Quebra instantânea do motor.
  • Substituição completa de válvulas, pistões e comando.
  • Retífica ou troca total do conjunto motriz.

Como se prevenir

  • Trocar correia dentada, tensores e bomba d’água a cada 90.000 km ou 5 anos.
  • Utilizar kits originais ou de fornecedores homologados.
  • Inspecionar a cada 30.000 km em oficinas especializadas.

 

Recomendações Práticas de Manutenção Preventiva

Componente Intervalo recomendado Observação
Óleo e filtro do motor 10.000 km / 6 meses Usar óleo VW 507.00 homologado
Filtro de combustível 15.000 km Diesel S10 + aditivo estabilizador
Correia dentada + bomba d’água 90.000 km ou 5 anos Sempre substituir em conjunto
Descarbonização EGR/DPF 30.000 km Fundamental em uso urbano
Fluido de arrefecimento 2 anos Usar G13 com índice de proteção adequado
Teste de pressão do sistema 20.000 km Verificar vazamentos ocultos

 

Por Que Confiar na Auto Giro?

A Auto Giro é referência regional em diagnóstico e manutenção preventiva para Amarok. Com equipe técnica qualificada, ferramentas de escaneamento avançadas e conhecimento prático acumulado ao longo dos anos, oferecemos:

  • Diagnóstico preciso com scanner ODIS;
  • Utilização de peças originais e homologadas;
  • Procedimentos padronizados com garantia;
  • Atendimento personalizado para seu tipo de uso (urbano, estrada, carga);
  • Banco de dados técnico com histórico de falhas específicas do motor 2.0.

 

Conclusão

A Amarok 2.0 oferece uma experiência de direção superior, mas essa excelência vem acompanhada da responsabilidade de uma manutenção cuidadosa. As falhas descritas aqui não são inevitáveis — pelo contrário: são totalmente preveníveis com conhecimento técnico e boas práticas de manutenção.

Evitar que uma turbina falhe, que um bico injetor trave ou que a correia dentada quebre depende mais de planejamento do que de sorte. Ao seguir as recomendações deste artigo e contar com uma oficina especializada como a Auto Giro, você protege seu investimento e garante que sua Amarok continue sendo sinônimo de força, segurança e durabilidade.

Auto Giro – potência protegida, resultado garantido.

Outros Posts

ADAS: O Sistema que Salva Vidas — e Por que Você Deve Recalibrá-lo Após Colisões e Trocas de Vidros

Você sabia que o sistema ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), ou em português Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor, já ajudou a evitar mais de 250 mil mortes no trânsito…

Leia Mais

Quebra da Bomba de Combustível na Amarok: Um Problema Caro, Mas Evitável

A Volkswagen Amarok 2.0 BiTDI é uma picape que combina potência, robustez e tecnologia. Mas, por trás da sua performance admirável, há um sistema de injeção de combustível de alta…

Leia Mais

Câmbio da Amarok com tranco? Entenda as causas, riscos e soluções

Trancos em baixas velocidades na Amarok são comuns e têm diversas causas: câmbio, injeção diesel, sensores e válvula EGR. Diagnóstico técnico evita trocas desnecessárias e garante solução eficaz. A Auto…

Leia Mais
Entre em contato agora
form botão whatsap